Confucionismo – a chave para compreender a cultura chinesa
Para compreendermos a cultura chinesa, precisaremos começar com Confúcio (552 –479 A.C.). Provavelmente a pessoa mais influente na história chinesa, Confúcio e seus ensinamentos exerceram e exercem grande influência sobre a sociedade chinesa, mesmo na China Moderna.
Para entendermos um pouco sobre o confucionismo começaremos pelo que não é confucionismo. Por mais que muitos templos tenham sido construídos em sua honra, o confucionismo não é uma religião no sentido ocidental. Não existem Deus ou deuses, sacerdotes ou igrejas. Você não encontrará pessoas se auto-proclamando como confucionistas.
Na verdade Confúcio era mais silencioso em vida do que após sua morte (embora ao logo dos séculos seus ensinamentos se fundiram com princípios budistas e rituais taoístas). Sua atitude a cerca deste tema é melhor resumida em sua declaração: “Se você não é capaz de servir aos homens, como você é capaz de adorar os deuses?”
Considerado muito mais como um estadista e um filósofo, Confúcio viveu durante uma época de grande caos e conflito, conhecido como Era da Primavera e do Outono. A grande questão colocada naquele período era: “Qual a melhor maneira para ordenar a sociedade e o governo?”
Em outras palavras, o confucionismo é um sistema complexo de ética social e política baseado na benevolência, parentesco, lealdade e justiça. Seus ensinamentos abrangem uma ampla gama de preceitos, desde como “um verdadeiro cavalheiro deve se comportar em sua vida diária (por exemplo, o respeito ao decoro durante o jantar) até a forma como um dirigente deve governar (com uma preocupação benevolente com o bem estar de seus súditos).
Em outras palavras, é uma espécie de guia moral e prescrição para o bom governo – o qual valoriza a hierarquia, a orientação em grupo e o respeito à idade e tradição. Ao contrário, do sentido abstrato do “bem” e “mal” presentes no maniqueísmo Ocidental, no confucionismo você encontrará um tipo prático de moralidade.
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